quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

A vitória da serenidade sobre o destempero


Tenho horror a injustiça!





Ufa! Falou por todos nós! 
Que beleza, que prazer ler um texto desse!  

 _"Havia um oponente imaginário assombrando Barbosa, que não se encontrava em plenário, mas ele sentiu sua presença enquanto ouvia Barroso ler, tranquilamente, seu voto. O oponente imaginário são os milhares de brasileiros que vem se aprofundando cada vez mais nos autos da Ação Penal 470, acompanhando os debates do Supremo Tribunal Federal, ajudando alguns réus a pagar suas multas, dando entrevistas bem duras em que denunciam os erros do julgamento, e constatando, perplexos, que houve, sim, uma série de erros processuais e arbitrariedades."





27 de fevereiro de 2014 às 07:59

Agora sabemos que não são apenas escritores que sabem ocultar uma história secreta nas entrelinhas de uma narrativa clássica. O ministro Luís Roberto Barroso nos mostrou que um jurista astuto (no bom sentido) também possui esse dom. Esta é a razão do ridículo destempero de Joaquim Barbosa. Esta é a razão pela qual Barbosa interrompeu o voto do colega várias vezes e fez questão de, ao final deste, vociferar um discurso raivoso e mal educado. Barbosa sentiu o golpe. Houve um momento em que Barbosa praticamente se auto-acusou: “o que fizemos não é arbitrariedade”. Ora, o termo não fora usado por Barroso. Barbosa, portanto, não berrava apenas contra seu colega. Havia um oponente imaginário assombrando Barbosa, que não se encontrava em plenário, mas ele sentiu sua presença enquanto ouvia Barroso ler, tranquilamente, seu voto. O oponente imaginário são os milhares de brasileiros que vem se aprofundando cada vez mais nos autos da Ação Penal 470, acompanhando os debates do Supremo Tribunal Federal, ajudando alguns réus a pagar suas multas, dando entrevistas bem duras em que denunciam os erros do julgamento, e constatando, perplexos, que houve, sim, uma série de erros processuais e arbitrariedades. Barroso contou duas histórias. Uma delas, no primeiro plano, era seu voto. Um voto tranquilo e técnico. Só que nada na Ação Penal 470 foi tranquilo e técnico, e aí entra a história subterrânea, por trás do cavalheirismo modesto de Barroso. E aí se explica a fúria de Barbosa. A história secreta contada por Barroso, com uma sutileza digna de um escritor de suspense, de um Edgar Allan Poe, com uma ironia só encontrada nos romances de Faulkner ou Guimarães Rosa, é a denúncia da farsa. Aos poucos, essa história subterrânea virá à tona. Alguns observadores mais atentos já a pressentiram há tempos. O novo ministro, antes mesmo de ingressar no STF, entendeu que há um muro de ódio e violência à sua frente, construído ao longo de oito anos, cujos tijolos foram cimentados com preconceito político, chantagens, vaidade e uma truculência midiática que só encontra paralelo nas grandes crises dos anos 50 e 60, que culminaram com o golpe de Estado. Sabe o ministro que não é ele, sozinho, que poderá desconstruir esse muro. Em entrevista a um jornal, o próprio admitiu que estava assustado com a violência da qual já estava sendo vítima: o médico de sua mulher, sem ser perguntado, disse a ela que não tinha gostado do voto de seu marido, e suas filhas vinham sendo questionadas na escola por colegas e professores. O Brasil vive um tipo de fascismo midiático cuja maior vítima (e algoz) é a classe média e os estamentos profissionais que ela ocupa. É a ditadura dos saguões dos aeroportos, das salas de espera em consultórios médicos, dos shows da Marisa Monte. Nos últimos meses, eu tenho feito alguns novos amigos, que tem me dado um testemunho parecido. Todos reclamam da solidão. A mãe rodeada de filhos “coxinhas”. O pai que é assediado, às vezes quase agredido, pelas filhas reacionárias. A executiva na empresa pública isolada entre tucanos raivosos. Alguns, mais velhos, encaram a situação com bom humor. Outros, mais jovens, vivem atordoados com as pancadas diárias que levam de seus próximos. No entanto, o PT é o partido preferido dos brasileiros, ganha eleições presidenciais, aumenta presença no congresso e pode ganhar novamente a presidência este ano, até mesmo no primeiro turno. Por que esta solidão se tanta gente vota no partido? Claro que voltamos à questão da mídia, que influencia particularmente as camadas médias da sociedade, à esquerda e à direita. A maioria da classe média tradicional, hoje, independente da ideologia que professa, odeia o PT, idolatra Joaquim Barbosa, e lê os livros sugeridos nos cadernos de cultura tradicionais. Eu conheço um bocado de artistas. Hoje são todos de direita, embora se considerem, quase todos, de esquerda. Todos odeiam Dirceu, sem nem saber porque. E me olham com profunda perplexidade quando eu tento argumentar. Como assim, parecem me perguntar, com olhos onde vemos rapidamente nascer um ódio atávico, irracional, como assim você não odeia Dirceu? Eu tento conversar, com a mesma calma de Barroso, mas não adianta muito. Eles reagem com agressividade e intolerância. Pessoas em geral pacatas se transformam em figuras raivosas e vingativas. O humanismo, que tanto fingem apreciar nos europeus, mandam às favas ao desejar que os réus petistas apodreçam no pior presídio do Brasil. Eu mesmo costumo usar os mesmos termos de Barroso. “Respeito sua opinião”, eu digo. Às vezes até procuro elogiar o interlocutor, numa tentativa ingênua e canhestra de quebrar a casca de ódio que impede qualquer diálogo. Não adianta. Qual um bando de Barbosas, eles respondem, quase sempre, com grosserias e sarcasmos. Quantas vezes não vivi a mesma situação de Barroso? Às vezes, inclusive, aceitei teses que não acreditava, violentei-me, num esforço desesperado para transmitir uma pequena divergência, uma singela ideia que foge ao script da mentalidade de um interlocutor cheio de certezas. Entretanto, a serenidade estoica e elegante de Barroso significou uma grande vitória para nós, os solitários, os que arrostamos tudo e todos, as truculências diárias da mídia e de seu imenso, quase infinito, exército de zumbis. Porque encontramos um igual. Encontramos alguém que sofre, que tenta expor uma ideia diferente, e recebe de volta uma saraivada de golpes de quem não aceita ser contestado. Não confundamos, contudo, elegância com covardia. Não se pode exigir a um homem que derrube sozinho uma muralha desse calibre. Esse trabalho não é de Barroso. Será um esforço coletivo, que já estamos empreendendo. Barroso encontrará forças em nossas ideias. Mesmo que ele tenha de fazer algum recuo estratégico, como aliás já fez, ao condenar Genoíno, será para avançar em seguida. Mas a função de um juiz do STF não é defender uma classe. Não é defender a rapaziada que frequenta o show da Marisa Monte e lê os editoriais de Merval Pereira. Não é se tornar celebridade ou “justiceiro”. A função de um juiz é ser justo e defender tanto as razões do Estado acusador quanto os direitos dos réus. Quando Getúlio deu um tiro em si mesmo, ele deixou um recado, no qual há referências algo misteriosas a “forças” que se desencadearam sobre ele. Como que antevendo o que continuaríamos a enfrentar, durante muito tempo, o velhinho ainda tentou, em sua dolorosa despedida, nos consolar: “Quando vos humilharem, sentireis minha alma sofrendo ao vosso lado.” E cá estamos, Getúlio, diante das mesmas forças obscuras. Diante da mesma truculência, das mesmas arbitrariedades, que dessa vez encontraram voz na figura, trágica ironia, de um negro. Do primeiro negro que nós, o povo, nomeamos para o STF, mas que preferiu se unir aos poderosos de sempre, aos donos do dinheiro, aos barões da mídia, à turma do saguão do aeroporto… É positivamente curioso como os ministros da mídia demonstram auto-confiança, arrogância, desenvoltura. Gilmar Mendes, Barbosa, Marco Aurélio Mello, dão entrevistas como se fizessem parte de uma raça superior. São campeões de um STF triunfante, que prendeu os “mensaleiros”. Enquanto isso, os outros ministros agem com humildade, discrição, prudência. Barroso lê seu voto com voz quase trêmula, e pede reiteradas desculpas por cada mínima divergência. Nunca se ouviu um ministro pedir tantas vênias como Barroso. Nunca se viu um juiz fazer tantos elogios àquele mesmo que o destrata sem nenhuma preocupação quanto à etiqueta de um tribunal. Mas o que Barroso pode fazer? Não faríamos o mesmo? A situação de Barroso é quase a de um sertanejo humilde, argumentando em voz baixa diante de seu patrão. Sintomático que Luiz Fux, que aderiu também à Casa Grande, tenha citado Lampião para designar a “quadrilha dos mensaleiros”. O mundo dá tantas voltas, e retorna ao mesmo lugar. Virgulino Ferreira da Silva, o terror do Nordeste, o maior dos facínoras, quem diria, seria comparado a José Dirceu! É o tipo de comparação que não dá para ouvir sem darmos um sorriso triste e malicioso. Não foi Virgulino igualmente o maior herói do sertão? Não foi ele o maior símbolo das injustiças e arbitrariedades que se abatiam, dia e noite, sobre um povo sofrido e miserável? Evidentemente, não existe comparação mais idiota. Dirceu é um homem de paz, que acreditou na democracia e na política. Lampião foi um bandido que desistiu de qualquer solução política ou pacífica para seus problemas. Mas também Fux, sem disso ter consciência, trouxe à baila uma história subterrânea, soterrada sob sua postura covarde de um juiz submetido aos barões de sempre: Lampião provou ao Brasil que não existe opressão sem resistência, mesmo que na forma de banditismo. Esta é a lei mais antiga da humanidade. A resistência e o heroísmo nascem da opressão e da arbitrariedade, como um filho nasce da mãe e do pai. A campanha de solidariedade aos réus petistas foi a prova disso. Mas não vai parar aí. Ao chancelar uma farsa odiosa, arbitrária, truculenta e, sobretudo, mentirosa, o STF produziu milhares de Virgulinos. Só que não são Virgulinos por serem bandidos ou violentos. São Virgulinos exatamente pela razão oposta: a coragem de lutar de maneira pacífica e democrática. É a coragem, sempre, a grande lição que o mais humilde dos cidadãos dá aos poderosos. É a coragem que faz alguém se insurgir contra a opinião do ambiente de trabalho, da família, do condomínio, dos saguões dos aeroportos, e assumir uma posição política independente, inspirada unicamente em sua consciência. É a coragem, enfim, que faz brilhar os olhos de Barroso, um brilho de confiante serenidade. Sua voz pode tremer, mas não por medo. Treme antes pelo receio de escorregar um milímetro no fio da navalha por onde caminha, entre o desejo de falar duras verdades a um tratante e a determinação de manter uma elegância absoluta. Barroso sequer consegue usar o pronome “seu” ao se referir a Barbosa, com medo de cometer um deslize verbal. Se Barbosa fosse uma figura serena, amiga, Barroso não teria esse escrúpulo. Tratando-se de um oponente sem caráter, sem moderação, e ao mesmo tempo tão incensado e blindado pela mídia, Barroso tem de tomar um cuidado máximo. Tem de tratá-lo com respeito até mesmo exagerado. Barroso sabe que Barbosa é vítima de megalomania e arrogância messiânica, que sofre de uma espécie de loucura, uma loucura perigosíssima, porque protegida pelos canhões da imprensa corporativa. Ao contestar tão ofensivamente o teor do voto de Barroso, ao acusá-lo, de maneira tão vil, Barbosa disparou um tiro no próprio pé. Ganhará, ainda, um bocado de palmas dos saguões aeroportuários, mas haverá mais gente erguendo a sobrancelha, desconfiada de tanta fanfarronice e falta de modos. Barroso deixou que Barbosa morresse como um peixe, pela boca. Foi a vitória da serenidade sobre o destempero, da delicadeza sobre chauvinismo, do respeito à divergência sobre a intolerância.

_Claro que jamais torci contra o Ministro Barbosa, muito pelo contrário, pelas razões óbvias, um mineiro como eu e negro assim como eu, de origem humilde que assim como eu  superou todas as barreiras sócio/culturais para chegar onde chegou. Entretanto, desde sua posse venho me sentindo como que traída pelo ministro conterrâneo, e minh'alma horrorizada  já gritava   clamando por  alguém que iria dar um basta na aleivosia que caso se mantivesse intocada, jogaria por terra todos os valores que nossos pais nos passaram. A Justiça dos homens perderiam mais um "roand," e ficaríamos um pouco mais órfãos. Sou completamente leiga, não sei nada do vocabulário truncado dos tribunos, mas como muitos brasileiros, entrevemos os erros, as injustiças, as tramoias, as aberrações que acometeu nosso respeitável STF. Quem poderia vir em nosso socorro, se perdêssemos a FÉ na justiça? 
"O mundo dá tantas voltas, e retorna ao mesmo lugar." Diz nosso autor acima. E esse caso tem me levado a recordar Tiradentes, Aleijadinho, e outros heróis da Inconfidência Mineira, exaustivamente nos ensinado na infância, onde aprendêramos a homenagear e a reverenciar como nossos libertadores.
 Noutro trecho, diz o autor do texto:_"Aos poucos, essa história subterrânea virá à tona. Alguns observadores mais atentos já a pressentiram há tempos." E isso tem sido debatido nas redes sociais, e nos tem  dado materiais interessantes para reflexões. Não somos juristas, mas também não somos obtusos, nem alienados, muito menos temos rabos presos com "A" ou "B", e veja que interessante; Podemos livremente externar nossos pensamentos, opiniões e conceitos, sem correr o risco de num passe de mágica sermos riscados do mapa, como que abduzidos por algum extra terrestre.
Finalmente aplaudimos o ministro Barroso.


Fonte>https://www.facebook.com/notes/valdeci-oliveira/miguel-do-ros%C3%A1rio-manda-esse-fant%C3%A1stico-texto-as-425-da-manh%C3%A3-de-hoje-27-02-2014/811577845523653

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Conselho Local da Saúde - Reunião mensal

                                 Conselho Local da Saúde - Reunião mensal

Devido a greve dos funcionários públicos da saúde, nossa reunião só foi possível nesta semana. o que aconteceu na tarde de ontem nas dependências da USF Che Guevara.
Na ocasião, nossa gerente doutora Claudir, nos relatou a chegada de  três médicos para ocupar as vagas de Clínica Geral.
Os doutores são: Dr Gustavo Zanelato Ferlin que atenderá a área AZUL  sob a coordenação da enfermeira Simone,com carga horária de 6 horas diárias; Dra. Érika, fica com a área Vermelha da enfermeira Ana Célia, também com carga horária de 6 horas, e dra. Lorna , áreas verde/amarela, com a enfermeira Rafaela,e carga  horária de  8 horas.
                              AGENDAMENTO DE CONSULTAS
Dra; Claudir, explicou que a demora em abrir as agendas, se deve ao programa interno de reorganização destas áreas, visando melhoria de cobertura e  acolhimento.
                             MARCAÇÃO DE EXAMES
Ainda devido ao período de paralisação, os exames de urgências está sendo  usado o sistema de encaixes na agenda.
Relatou ainda as saídas dos enfermeiros: Eder, Edenir e Gabriel, e a chegada dos enfermeiros: Luceir, Valcir e Luciani.
                               APRESENTAÇÃO DE SITUAÇÕES DE CONFLITOS
Apresentei a título de observação, para possível corrigenda, e ajustes quanto orientação clara e

objetiva nas coletas de exames; no caso, urina 24 horas, e a carência dos frascos fornecidos pelo laboratório. Fomos informados de que a todos os pedidos de materiais, sempre se entregam a metade, o que  certamente conflita com o numero de pedidos de exames.
Neste ponto, ficamos num impasse de difícil solução; ao que o conselheiro Célio demonstrou interesse em cobrar devidamente dos responsáveis.
Estes frascos são importantes, para a não contaminação do material e a confiabilidade dos resultados dos exames, principalmente por conta da proteinúria.
Comentado a necessidade sentida de se dar um maior apoio a funcionários iniciantes, no sentido de que estes se sintam mais confortáveis na relação com os pacientes e melhor adequação das salas de atendimento, com por exemplo a colocação de um visor na porta, o que diminuiria o hábito de bater na porta enquanto um usuário está sendo atendido.
A conselheira Elizabeth, trouxe a observação quanto a deficiência na manutenção da limpeza da unidade. Ao que foi explicado pela gerente doutora Claudir, que a unidade conta somente com duas funcionárias, sem 'folguista', nem reposição no caso de férias. O que está acontecendo neste momento, e que acontecerá no mês de março, já que voltando a funcionária de féria, a outra sairá na sequencia. Disse também, que esse trabalho é terceirizado, e apontou as falhas: Falta de gerenciamento, material necessário para uma higienização de acordo.
Foi levantado a situação do conjunto habitacional Palimiro Bim, cujos moradores sofrem com corte de água. O que tem levado alguns a se mudarem. Isto foi levantado,por conta de usuários com relevância médicas, incluindo uma adolescente especial que veio a óbito após a mudança de endereço.
Este problema mexeu com todos, visto que existe a presença de hidrômetros individuais para cada unidade residencial. (???).
Outra questão apresentada, diz respeito ao almoxarifado central e a permanente falta de material de reposição, para as unidades.

Dra.Maria Amélia, comentou que a turma de alunos da T.O. estagiando na unidade,  requer espaço para as diferentes oficinas terapêuticas, e que levará o caso a sra. Ruth, esposa do secretário dr. Stênio, na próxima reunião do PMAQ (Programa de Qualificação de Atendimento), cuja ideia é conseguir espaço nas unidades obsoletas da praça das Tecnologias. O que levou a conselheira  Elizabeth a se comprometer contactar seus contatos neste sentido.
Por mina vez, lembrei a disponibilidade do espaço físico da nossa sede social, dos moradores do Alexandre Balbo.Seria muito bom ter um trabalho dessa ordem dentro da comunidade; aprendizado para todos!
Finalizando, nossa próxima reunião está marcada para a primeira quinta-feira de março. 

Eunice T. Fomm conselheira
Conselho Local de Saúde
UFS Che Guevara

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Eu queria dizer para minha filha...

 AS MAMÃES E FUTURAS MAMÃES!
















Nós estamos sentadas, almoçando, quando minha filha casualmente 
menciona que ela e seu marido estão pensando em 
“começar uma família”.

— Nós estamos fazendo uma pesquisa 
— ela diz, meio de brincadeira. 
— Você acha que eu deveria ter um bebê?

— Vai mudar a sua vida — eu digo, cuidadosamente, 
mantendo meu tom neutro.

— Eu sei — ela diz. — Nada de dormir até tarde 
nos finais de semana, nada de férias espontâneas…

Mas não foi nada disso que eu quis dizer. 
Eu olho para a minha filha tentando decidir o que dizer a ela. 
Eu quero que ela saiba o que ela nunca vai aprender no curso de casais grávidos. 
Eu quero lhe dizer que as feridas físicas de dar à luz irão se curar, 
mas que tornar-se mãe deixará uma ferida emocional tão exposta que 
ela estará para sempre vulnerável.
Eu penso em alertá-la que ela nunca mais vai ler um jornal sem se perguntar:
 “E se tivesse sido o MEU filho?”; 
que cada acidente de avião, cada incêndio irá lhe assombrar; 
que quando ela vir fotos de crianças morrendo de fome, 
ela se perguntará se algo poderia ser pior do que ver seu filho morrer.
Olho para suas unhas com a manicure impecável, 
seu terno estiloso e penso que não importa o quão sofisticada ela seja, 
tornar-se mãe irá reduzi-la ao nível primitivo 
da ursa que protege seu filhote; 
que um grito urgente de “Mãe!”
 fará com que ela derrube um suflê na sua melhor louça 
sem hesitar nem por um instante.
Eu sinto que deveria avisá-la que não importa quantos anos 
investiu em sua carreira, 
ela será arrancada dos trilhos profissionais pela maternidade. 
Ela pode conseguir uma escolinha,
 mas um belo dia entrará numa importante reunião de negócios e 
pensará no cheiro do seu bebê. 
Ela vai ter que usar cada milímetro de sua disciplina
 para evitar sair correndo para casa, 
apenas para ter certeza de que o seu bebê está bem.
Eu quero que a minha filha saiba que 
decisões do dia a dia não mais serão rotina; 
que a decisão de um menino de 5 anos 
de ir ao banheiro masculino, ao invés do feminino, 
no McDonald's, se tornará um enorme dilema; 
que ali mesmo, em meio às bandejas barulhentas e 
crianças gritando, questões de independência e gênero 
serão pensadas contra a possibilidade de que um 
molestador de crianças possa estar observando no banheiro.

Não importa o quão assertiva ela seja no escritório, 
se questionará constantemente como mãe.
Olhando para minha atraente filha, 
eu quero assegurá-la de que o peso da gravidez 
ela perderá eventualmente, 
mas que jamais se sentirá a mesma sobre si mesma; 
que a vida dela, hoje tão importante, 
será de menor valor quando ela tiver um filho; 
que ela a daria num segundo para salvar sua cria 
— mas que também começará a desejar mais anos de vida, 
não para realizar seus próprios sonhos, 
mas para ver seus filhos realizarem os deles.
Eu quero que ela saiba que 
a cicatriz de uma cesárea ou estrias, 
se tornarão medalhas de honra.

O relacionamento de minha filha com seu marido irá mudar, 
mas não da forma como ela pensa. 
Eu queria que ela entendesse o quanto mais se pode amar 
um homem que tem cuidado ao passar pomadinhas num bebê
 ou que nunca hesita em brincar com seu filho. 
Eu acho que ela deveria saber que ela se apaixonará 
por ele novamente por razões que hoje ela acharia nada românticas.

Eu gostaria que minha filha pudesse perceber a conexão 
que ela sentirá com as mulheres que, 
através da história, 
tentaram acabar com as guerras, 
o preconceito e com os motoristas bêbados.
Eu espero que ela possa entender 
por que eu posso pensar racionalmente 
sobre a maioria das coisas, 
mas que me torno temporariamente insana 
quando discuto a ameaça da guerra nuclear 
para o futuro dos meus filhos.

Eu quero descrever para minha filha a 
enorme emoção de ver seu filho aprender a andar de bicicleta.
Quero mostrar a ela a gargalhada gostosa de um bebê 
que está tocando o pelo macio de um cachorro 
ou gato pela primeira vez. 

Quero que ela prove a alegria que, 
de tão real, 
chega a doer.
O olhar de estranheza da minha filha me faz 
perceber que tenho lágrimas nos olhos.

— Você jamais se arrependerá 
— digo finalmente. 
Então estico minha mão sobre a mesa, 
aperto-lhe a mão e faço uma prece silenciosa
 por ela e por mim e por todas as mulheres 
meramente mortais que encontraram 
em seu caminho esse que
 é o mais maravilhoso dos chamados; 

esse presente abençoado de Deus, 
que é SER MÃE!
Autor Desconhecido
Via: Saúde da Mulher
www.graodegente.com.br

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

As fantásticas tecelãs

Ontem deparei com algo diferente no jardim da sede  social dos moradores. Uma das palmeiras -fênix, tinha uma das folhas em forma de cartucho. Logo desconfiei que fosse um casulo, mas era muito grande, uns trinta centímetros por uns dez de circunferência. 

Comecei a fotografar na mesma medida em que crescia a curiosidade.

Veja os resultados:
                              Impressiona como conseguem unir as folhas filetadas que a primeira vista parece que sempre foram unidas. Ao toque senti o peso e a firmeza, estava diante de um belíssimo casulo.

A curiosidade crescendo, e tentei olhar dentro, porém era escuro e a cavidade muito pequena, postada bem debaixo do talo da folha, me levou a abrir um pouquinho e veja que efervescência de vida estava escondida ali.



Lagarta-das-folhas, Brassolis sophorae (Linnaeus, 1758) (Lepidoptera: Nymphalidae)


 Tão rápido quanto  abri, algumas moradoras começaram a subir pelo talo, cujas folhas já tinham virado refeição  para aquela população de lagartas..                          









                                
Quis saber quantas eram.
 Abria a folha em sua extensão











Olha que coisa fascinante!
Algumas se agitaram, outras permaneceram imóveis; as mais escuras e mais lisas, sem pelagem, me pareceram mais novinhas, mas bebês, deduzi que pela diferença de cores, tinham idades diferentes, mesmo porque eram as mais coloridas que tinham uma pelugem avermelhada e eram mais ativas.



 Como estava em camadas desisti de contar, mesmo porque, não tinha a intenção de feri-las; já havia invadido demais aquele habitat.
Voltei a folha na posição original do casulo e deixei-as, não sem antes observar que aquelas que haviam subido pelo talo, simplesmente  haviam desaparecido nas entranhas do tronco.




 Pouco tempo depois retornei, e descobri uma linda atividade: Algumas lagartas, teciam rapidamente e fechavam a abertura, soltando finíssimos fios de suas bocas, fixando-as de um e outro lado da folha numa rapidez impressionante, enquanto outras  mais acima, refaziam as bordas rasgadas, como que preparando para a tecedora, que trabalhava de baixo para cima.

Deixei-as nesse labor, um pouco penalizada pelo estrago que certamente irão fazer na palmeira, mas não me senti no direito de  destruír aquelas pequeninas e laboriosas vidinhas.










É possível que no final as que sobrevivam aos ataques dos pássaros se transformem em belíssimas borboletas como esta.


E se tiver sorte farei fotos e postarei aqui mesmo.


Até lá, é o que tínhamos por agora.
Um abraço e até a próxima!

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Voce pode fazer a diferença


         


VOCÊ PODE FAZER DIFERENÇA         
 Relata a Sra. Thompson, que no seu primeiro dia de aula parou em frente aos seus alunos da quinta série primária e, como todos os demais professores, lhes disse que gostava de todos por igual. No entanto, ela sabia que isso era quase impossível, já que na primeira fila estava sentado um pequeno garoto chamado Teddy. A professora havia observado que ele não se dava bem com os colegas da classe e, na maioria das vezes, suas roupas estavam sujas e cheiravam mal. Houve até momentos em que ela sentia prazer em lhe dar notas vermelhas ao corrigir suas provas e trabalhos.
 Ao iniciar o ano letivo, era solicitado a cada professor que lesse com atenção a ficha escolar dos alunos, para tomar conhecimento das anotações feitas a cada ano. A Sra. Thompson deixou a ficha de Teddy por último. Mas quando a leu foi grande a sua surpresa. A professora do primeiro ano escolar de Teddy havia anotado o seguinte: “ Teddy é um menino brilhante e simpático, seus trabalhos sempre estão em ordem e muito nítidos. Tem bons modos e é muito agradável estar perto dele”.
 A professora do segundo ano escreveu: “ Teddy é um aluno excelente e muito querido por seus colegas, mas tem estado preocupado com sua mãe que está com uma doença grave e desenganada pelos médicos. A vida em seu lar deve estar sendo muito difícil.”
  Da professora do terceiro ano constava a anotação seguinte: “ a morte de sua mãe foi um golpe muito duro para Teddy. Ele procura fazer o melhor, mas seu pai não tem nenhum interesse e logo sua vida será prejudicada se ninguém tomar providências para ajuda-lo.”
 A professora do quarto ano escreveu: Teddy anda muito distraído e não mostra interesse algum pelos estudos. Tem poucos amigos e muitas vezes dorme na sala de aula.”
 A Sra. Thompson se deu conta do problema e ficou terrivelmente envergonhada. Sentiu-se ainda pior quando lembrou dos presentes de Natal que os alunos haviam lhe dado, envoltos em papéis coloridos, exceto o de Teddy, que estava enrolado num papel marrom de supermercado. Lembra-se de que abriu o pacote com tristeza, enquanto os outros garotos riam ao ver uma pulseira faltando algumas pedras e um vidro de perfume pela metade. Apesar das piadas ela disse que o presente era precioso e pôs a pulseira no braço e um pouco de perfume sobre a mão . Naquela ocasião Teddy ficou um pouco mais de tempo na escola do que o costume. Lembrou-se ainda que Teddy lhe disse que ela estava cheirosa como sua mãe.
         Naquele dia, depois que todos s foram, a professora Thompson chorou por longo tempo... Em seguida, decidiu-se a mudar sua maneira de ensinar e passou a dar mais atenção aos seus alunos, especialmente a Teddy. Com o passar do tempo ela notou que o garoto só melhorava. E quanto mais ela lhe dava carinho e atenção,  mais ele se animava.
 Ao finalizar o ano letivo, Teddy saiu o melhor da classe. Um ano mais tarde a Sra. Thompson recebeu uma notícia em que Teddy lhe dizia que ela era a melhor professora que teve na vida. Seis anos depois, recebeu outra carta de Teddy contando que havia concluído o segundo grau e que ela continuava sendo a melhor professora que tivera. AS notícias se repetiram até que um dia ela recebeu uma carta assinada pelo Dr. Theodore Stoddard, seu antigo aluno, mais conhecido como Teddy.
 Mas a história não termina aqui. A Sra. Thompson recebeu outra carta, em que Teddy a convidava para seu casamento e noticiava a morte do pai. Ela aceitou o convite e no dia do casamento estava usando a pulseira que ganhou de Teddy anos antes, e também o perfume. Quando os dois se encontraram. Abraçara-se por longo tempo e Teddy lhe disse ao ouvido: “ obrigado por acreditar em mim e me fazer sentir importante, demonstrando-me que posso fazer a diferença”.
 Mas ela, com os olhos banhados em pranto, sussurrou baixinho: “ você está enganado! Foi você que me ensinou que eu podia fazer a diferença, afinal eu não sabia ensinar até que o conheci.”
 Mais do que ensinar a ler e escrever, explicar matemática e outras matérias, é preciso ouvir os apelos silenciosos que ecoam na alma do educando. Mais do que avaliar provas e dar notas, é importante ensinar com amor mostrando que sempre é possível fazer a diferença...


(Autor desconhecido)

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Drogas, pode ser Uma Viagem Sem Volta...!


Todos os dias, todas as horas, recebemos notícias de mais um jovem que partiu pelo suicídio, direto ou indireto. Sinto um enorme pesar, quando vejo ou leio notícias como essas. Uma angustia de impotência  toma conta de minh'alma, e quando deparo com alguém que de fato consegue fazer algo relevante, me sinto na obrigação de contribuir. A página que você irá ler, é apenas uma pequena parte de uma história, escrita em capítulos. Quem sabe se alguém ao lê-la, não possa tirar daquelas palavras repletas de sentimento legítimo de alguém que perdeu um ente querido, de forma tão estúpida, algo que lhe seja útil, seja na luta íntima, seja para compreender e ajudar um ´familiar, um amigo. 
Flores ara "Fran"
                                           

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Quatro anos sem a Fran

Mais um ano se passou.....
Agora são quatro anos sem a minha irmã....
Saudades? Muitas.... De suas risadas, de suas conversas, de falar qualquer coisa, de ligar apenas para saber como está, de dividir as angústias e alegrias do dia a dia.
Mas ela continua presente em nossas vidas, na lembranças que nunca se apagarão, mas principalmente no meu coração e de todos que sentem muito a sua falta.
Prefiro pensar que ela esteve aqui por um motivo: alertar alguns jovens sobre o uso de drogas.
No mês de setembro ministrei uma palestra falando sobre o blog e toda a história da Fran no Colégio Geração, em Florianópolis.
Foram dois momentos, um com os pais, e no dia seguinte com os jovens. Eram muitos adolescentes escutando a história dela, vendo que realmente "aquela viagem" pode não ter volta. Foi emocionante ver a concentração deles na história que eu estava contando, uma história real e que pode acontecer com qualquer um. Se com essa história pelo menos alguém for impedido de entrar nesse mundo, já valeu a pena.
E acredito que a Francine ajudou muita gente através de sua história de vida. Então, temos que pensar que ela pode ter vindo para esse mundo com o intuito de ajudar outras pessoas. Assim consigo acalmar meu coração.
Continuo tendo dias felizes e outros mais tristes. Sinto falta dela e da minha mãe. Mas agora ganhei um outro bebê. Tenho mais uma menininha, de 4 meses. A Clara já tem 7 anos e elas me fazem muita companhia. Mas o que eu mais sinto falta é não poder dividir com a mãe e a Francine as conquistas das minhas pequenas. Uma nota 10 na escola, o primeiro sorriso da bebê....Isso dói, mas tento viver em paz e aceitar o que Deus colocou no meu caminho.
E é isso pessoal, como sempre escrevo, continuem divulgando o blog, essa história nunca sairá "de
moda", infelizmente. E quando precisarem de ajuda, é só chamar!

Ah... talvez saia algum livro por aí... vamos ver se vai dar certo. Mas pode deixar que divulgo aqui e no facebook.

Um grande beijo
Isabela
 






 Fonte : >Acesse o blog AQUI

Por que o beijo gay deve ser comemorado

          
Por que o beijo gay deve ser comemorado
Palmas
Fabiano Amorim, Diário do Centro do Mundo

Ontem foi um dia histórico. A Rede Globo, após tantos anos exibindo relacionamentos gays em suas novelas sem nunca mostrar um beijo explícito, finalmente exibiu a primeira cena de beijo entre dois homens.

A comemoração pelo país foi enorme.

No mesmo instante as redes sociais ferveram com fotos tiradas de aparelhos de TV, com o registro desse momento. Uma euforia tomou conta de muitos gays e héteros. Foi algo semelhante ao que sente um torcedor apaixonado quando seu time de futebol vence um campeonato.

Por que algo tão simples gera toda essa emoção em tantas pessoas?
É porque elas perceberam que foi vencida mais uma batalha da longa guerra contra o preconceito. Quando a maior rede de televisão finalmente mostra um beijo gay numa novela, isso significa que a aceitação aos homossexuais avançou um pouco mais.

Muitos estão dizendo: “Essa cena não vai fazer os gays serem menos discriminados nas ruas. Não vai mudar nada!”

Discordo.

Pequenos atos como esses são simbólicos. Quando vistos por milhões de pessoas ao mesmo tempo, várias delas passam a refletir sobre o assunto.

Talvez passem a ver um relacionamento gay com outros olhos.

Durante a minha infância e adolescência, sempre que ouvia falar em gays, era no pior sentido possível. A palavra “gay” era um grande xingamento e ainda é para muitos.

Quando se tinha raiva de alguém, a palavra gay logo saía da boca como forma de atacar o cara de quem não se gostava. O repúdio a essas pessoas era total, sendo tolerados apenas na condição de bobos da corte, para rirmos deles.

Hoje claramente se nota uma mudança. Vemos alguém famoso fazendo uma declaração preconceituosa contra gays e recebendo uma avalanche de críticas de todos os lados, incluídos héteros. É maravilhoso que não seja mais tão bem aceito falar mal deles.

Alguns que criticam constantemente a Globo se irritaram com a empolgação sentida com a tão esperada cena do beijo, por pensarem que a exibição dessa cena só vai beneficiar a própria Globo, deixando-a mais forte.

Creio que isso não seja um motivo para o desânimo. Pior seria se o conservadorismo tivesse vencido mais essa batalha. A Globo vai continuar sendo poderosa por muito tempo. Melhor que cresça através de atos positivos do que através de moralismos exagerados.

A luta da comunidade LGBT é a de muitas pessoas que sonham em serem tratadas da mesma forma que quaisquer héteros nos dias de hoje. É a luta de um grupo que não aguenta mais ter de esconder o que sente, o que pensa e o que faz.

Eles querem ter o direito de dar as mãos na rua, de se beijarem e se abraçarem, como qualquer outro casal, sem que sejam agredidos física ou verbalmente. Para quem vive tamanha opressão, qualquer passo na direção de uma maior aceitação ou tolerância da sociedade é de fundamental importância e será comemorado com a maior euforia.

O beijo entre Niko e Félix na novela das nove não é algo que deva ser enxergado como uma “vitória da Globo”. É principalmente uma vitória de todos na sociedade que lutam contra o preconceito."


Por que o beijo gay deve ser comemorado
Palmas
Fabiano Amorim,  Diário do Centro do Mundo

Ontem foi um dia histórico. A Rede Globo, após tantos anos exibindo relacionamentos gays em suas novelas sem nunca mostrar um beijo explícito, finalmente exibiu a primeira cena de beijo entre dois homens.

A comemoração pelo país foi enorme.

No mesmo instante as redes sociais ferveram com fotos tiradas de aparelhos de TV, com o registro desse momento. Uma euforia tomou conta de muitos gays e héteros. Foi algo semelhante ao que sente um torcedor apaixonado quando seu time de futebol vence um campeonato.

Por que algo tão simples gera toda essa emoção em tantas pessoas?
É porque elas perceberam que foi vencida mais uma batalha da longa guerra contra o preconceito. Quando a maior rede de televisão finalmente mostra um beijo gay numa novela, isso significa que a aceitação aos homossexuais avançou um pouco mais.

Muitos estão dizendo: “Essa cena não vai fazer os gays serem menos discriminados nas ruas. Não vai mudar nada!”

Discordo.

Pequenos atos como esses são simbólicos. Quando vistos por milhões de pessoas ao mesmo tempo, várias delas passam a refletir sobre o assunto.

 Talvez passem a ver um relacionamento gay com outros olhos.

Durante a minha infância e adolescência, sempre que ouvia falar em gays, era no pior sentido possível. A palavra “gay” era um grande xingamento e ainda é para muitos.

Quando se tinha raiva de alguém, a palavra gay logo saía da boca como forma de atacar o cara de quem não se gostava. O repúdio a essas pessoas era total, sendo tolerados apenas na condição de bobos da corte, para rirmos deles.

Hoje claramente se nota uma mudança. Vemos alguém famoso fazendo uma declaração preconceituosa contra gays e recebendo uma avalanche de críticas de todos os lados, incluídos héteros. É maravilhoso que não seja mais tão bem aceito falar mal deles.

Alguns que criticam constantemente a Globo se irritaram com a empolgação sentida com a tão esperada cena do beijo, por pensarem que a exibição dessa cena só vai beneficiar a própria Globo, deixando-a mais forte.

Creio que isso não seja um motivo para o desânimo. Pior seria se o conservadorismo tivesse vencido mais essa batalha. A Globo  vai continuar sendo poderosa por muito tempo. Melhor que cresça através de atos positivos do que através de moralismos exagerados.

A luta da comunidade LGBT é a de muitas pessoas que sonham em serem tratadas da mesma forma que quaisquer héteros nos dias de hoje. É a luta de um grupo que não aguenta mais ter de esconder o que sente, o que pensa e o que faz.

Eles querem ter o direito de dar as mãos na rua, de se beijarem e se abraçarem, como qualquer outro casal, sem que sejam agredidos física ou verbalmente. Para quem vive tamanha opressão, qualquer passo na direção de uma maior aceitação ou tolerância da sociedade é de fundamental importância e será comemorado com a maior euforia.

O beijo entre Niko e Félix na novela das nove não é algo que deva ser enxergado como uma “vitória da Globo”. É principalmente uma vitória de todos na sociedade que lutam contra o preconceito." 

http://nogueirajr.blogspot.com.br/2014/02/por-que-o-beijo-gay-deve-ser-comemorado.html?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed:+BrasilBrasil+%28BRASIL!+BRASIL!%29

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Osdédia Marilda Isaac, minha amiga de ginásio.


                                      






Esse mundo é mesmo  fantástico e a vida repleta de surpresas, boas e não tão boas. Há anos busco reencontrar uma velha amiga, através da internet e nada. Porém volta e meia retorno as pesquisas. Pelo  nome, apelido, sobrenome e nada. Porém, hoje, encontrei; não a amiga querida, mas sobre ela, que era funcionária da companhia telefônica de Campinas SP. Morávamos juntas na casa da tia Violeta na vila Teixeira, quando ela passou no concurso, foi chamada e desde então trabalhou ali. Eu havia deixado de lado esta informação, por isso não a localizava.
O surpreendente, foi descobrir, que ela conquistou outros corações, assim como o fez ao meu, desde o primeiro dia de aula, lá no antigo CEA- Colégio Estadual de Araguari, onde cursamos sempre juntas, inseparáveis o segundo ciclo, antigo curso ginasial. Déia, como a chamava os mais íntimos era aluna aplicadíssima, e juntas formávamos uma dupla imbatível sempre com as melhores notas. Ela me inspirava. Tornamo-nos amigas e quando se mudou para Campinas, eu fui para Ribeirão Preto, de onde um ano depois saí para morar com a amiga querida e sua tia Violeta, que virou minha tia do coração, além da sua irmãzinha Vitória Violeta.  Vivemos mais sete anos juntas, o que deixou muitas saudades. Depois a vida me trouxe outros caminhos, e acabamos nos perdendo. Mas jamais a esqueci, nem deixei de lhe guardar grande carinho e saudades; grande era o desejo de saber dela.
Agora encontro uma obra literária a ela dedicada; coisa primorosa, feita por alguém que a conheceu e soube compreende-la exatamente como ela era. Era, porque este mesmo artigo me dá a notícia de sua morte. Então, não me resta outra coisa que deixar aqui registrado esse verdadeiro documento, da minha querida e saudosa amiga/colega/companheira Osdédia Marilda Isaac, a Deia.
DÉIA DA UNICAMP
DÉIA OSDÉDIA IZAC DA UNICAMP

Tinha consciência social,
Não se importava de exibir ou mostrar.
Sempre foi ousada e genial,
Era intensa no seu jeito de amar.
No comportamento diferente,
Com a criançada integrada,
Déia sempre foi irreverente,
E foi pro céu por Deus levada.

Mulher de muita disposição,
Um máquina de agir e atuar.
Tudo nela era imensidão.
Contestadora não esperava pra falar.
Era Mulher magra e valente,
Quando brigava era uma danada.
Déia sempre foi irreverente.
E foi pro céu por Deus levada.

Mulher por demais batalhadora.
Seu viver foi intenso e aproveitou.
Uma apaixonada sonhadora.
Ela nunca em nada se poupou.
Lutadora da linha de frente,
Em todos meios era respeitada.
Déia sempre foi irreverente.
E foi pro céu por Deus levada.

Companheira na nossa memória,
Muita energia no seu lutar.
Batalhou e fez a sua História,
Na nossa oração sempre está.
Levou aquela foto da gente,
E mais tarde nos será mostrada.
Déia sempre foi irreverente,
E foi pro céu por Deus levada.

Conhecida da Universidade.
Respeitada em todo lugar.
Fosse Instituto ou Faculdade.
Reconhecida com seu falar
Mulher morena esguia atraente.
Glamorousa e bem apessoada
Déia sempre foi irreverente,
E foi pro céu por Deus levada.

Voz que fazia a diferença.
Que informava e esclarecia.
Alimentava sonho e crença
Um dom de transe e magia
No nosso viver esta presente,
Com a sua forma abençoada
Déia sempre foi irreverente,
E foi pro céu por Deus levada.

Uma Mulher Guerreira.
Não fazia os pontos entregar.
Uma admirável Brasileira.
Perfeita no se apresentar
É o Anjo da Guarda da gente.
Porque é querida e lembrada.
Déia sempre foi irreverente,
e foi pro céu por Deus levada.

Sempre foi extremada.
Em tudo apta pra somar.
Companheira Camarada.
Em comunhão a partilhar
Hoje é uma estrela cadente.
Fazendo nossa vida iluminada
Déia sempre foi irreverente,
E foi pro céu por Deus levada.

Azuir Filho e Turmas: do Social da Unicamp e, de Amigos: de Rocha Miranda, Rio, RJ e, de Mosqueiro, Belém, PA.

Poesia de Homenagem a Déia Telefonista da Unicamp Veterana da Comunicação da Universidade, acompanhou a evolução da Telefonia, até se constituir um sistema eficaz no atendimento de toda a Unicamp.
Prestou seu serviço decisivo por mais de 30 anos e quando a Telefonia foi totalmente automatizada, com a redução da atividades,
Deus levou Déia para atender nossas preces lá no Céu.”

Por: >azuirfilho> http://www.overmundo.com.br/banco/deia-da-unicamp#postar