domingo, 24 de fevereiro de 2013

"TRABALHANDO O DESAPEGO"



SEGUNDA BLOGAGEM COLETIVA - "TRABALHANDO O DESAPEGO"
               
                                             

Essa ideia veio mesmo a calhar.
Primeiro que para iniciarmos nosso mês de Março, como o Marco de partida, para um ano novo e especial, precisamos abri espaço. 

No meu caso, como puderam ver, estou reorganizando meu espaço de trabalho.

Recebi um convite, para trabalhar artesanalmente, com um determinado produto em gesso, direcionado à copa do Mundo em 2014. Será um grande trabalho, e preciso de espaço, e tudo muito bem organizado, cada coisa no seu devido lugar, facilidade de  mobilidade, espaço, para guardar matéria prima, e o produto pronto, até a hora da entrega.
E claro que eu como muitas de nós, passamos anos a fio guardando coisas, na expectativa de que uma hora venhamos aproveitá-los.
Meu irmão Eli, me disse certa vez: tudo o que você guardou por cerca de  6 meses e não usou, provavelmente nunca mais o fará. Então disponha, passe a diante, ou jogue fora,  se for o caso.

E eu tenho coisas guardadas a mais de 6 anos.
Sou uma acumuladora compulsiva, e assim vou aumentando o espaço ocupado, com objetos que nunca usei.

Vocês não fazem ideia da quantidade de  coisas que tenho guardadas.
Mas vou fazer uma bela faxina, nisso tudo, e separar o que possa ser útil, oferecer para as oficinas da comunidade, e vou fazer isso nesse final de semana.
                                    
Já posso até ver o quanto isso vai facilitar, minha vida , porque é um tal de me lembrar desse ou daquele trabalho começado, e não ter ideia de onde  encontrá-lo, sem ter que remexer em pilhas de caixas. 
E sem falar que eu detesto ter que procurar algo, sem ter noção, de onde encontrar. Por isso, muitas vezes vou adiando uma tarefa ou outra.
            Desapegar é verdadeira uma terapia, porque muitas vezes mexe com o nosso emocional. Ter que remexer em coisas guardadas, sempre implica em reviver momentos, que  guardamos no baú da memória, e o materializamos  nos objetos, muitas vezes sem nenhum ou quase nenhum valor.
 Daí que  desfazer-nos deles, parece  algo meio monstruoso. Já aconteceu de  num exercício desses, eu fazer dois montes, um para descarte, e outro para conservar, e de repente  eu já tinham três montes, porque surgiu o monte dos indecisos, (rs) e no final retornar tudo e guardar . rs! 
Esse ano já consegui me desfazer de peças de roupas, com mais de  29 anos no meu armário. Pode imaginar uma coisa dessas¿ Pois é, roupas mais antigas que meus dois filhos mais novos.

                                          
As vezes  abro meu armário, e não consigo decidir por um conjunto, que esteja de acordo com a atualidade.Porém cheio de  coisas velhas, não há espaço para as coisas novas,.

 Mas no início desse ano, consegui me desfazer de 80% delas, devo dizer que sou conservadora, no modo de me vestir, e não me ajeito muito bem com o que o mercado nos apresenta hoje. Mas não tem jeito né, a ordem é desapegar, conseguir ultrapassar essa ponte, e  foi assim, que, do quarto, passei para a cozinha, dei um limpa nos armários, e sobrevivi. Rs!

Se valeu a pena, as boas lembranças, guardarei na memória, mas tem certas coisas das quais nunca vou me desfazer. São por exemplo, objetos que pertenceram a minha mãe, os quais são muito importantes para mim.

Mas é muito importante saber escolher o que  faz do que não faz mais parte da nossa vida nesse momento; afinal, tudo muda, nós mudamos e nossas necessidades também, evidentemente.
                                  

Enfim, esse processo é vital em nossas vidas. Devemos abrir espaços em ‘nossas gavetas’, para que o novo possa entrar e fazer parte da felicidade que queremos viver de hoje em diante. 
O futuro nos reserva muitas coisas boas, e devemos abrir espaço para toda a felicidade que queremos, quem vive do passado é Museu.


    “A sabedoria do Desapego



O Hindu chegou aos arredores de certa aldeia e aí sentou-se para dormir debaixo de uma árvore. Chega correndo, então, um habitante daquela aldeia e diz, quase sem fôlego:



- Aquela pedra! Eu quero aquela pedra.



- Mas que pedra? – pergunta-lhe o Hindu.



- Ontem à noite, eu vi meu Senhor Shiva e, num sonho, ele disse que eu viesse aos arredores da cidade, ao pôr-do-sol; aí devia estar o Hindu que me daria uma pedra muito grande e preciosa que me faria rico para sempre.



                     



Então, o Hindu mexeu na sua trouxa e tirou a pedra e foi dizendo:



- Provavelmente é desta que ele lhe falou; encontrei-a numa trilha da floresta, alguns dias atrás; podes levá-la!



                                  



E assim falando, ofereceu-lhe a pedra.



O homem olhou maravilhado para a pedra. Era um diamante e, talvez, o maior jamais visto no mundo. Pegou, pois, o diamante e foi-se embora. Mas, quando veio a noite, ele virava de um lado para o outro em sua cama sem conseguir dormir. Então, rompendo o dia, foi ver novamente o Hindu e o despertou dizendo:



    - Eu quero que me dê essa riqueza que lhe tornou possível desfazer-se de um diamante tão grande assim tão facilmente!”



(Tradição Sufi)



                                                     

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O próprio Universo é regido pela lei da mutação constante, como princípio da evolução; e a finalidade da evolução não  é criar e acumular, porque a vida aqui, representa um lapso fugaz diante da eternidade; e os bens materiais são oportunidade para a alegria e sabedoria que estão, em sermos instrumentos de crescimento, orientação e inspiração para os demais. 

Meu carinho a você, que agora aprecia estas linhas
Deus nos abençoe, a todos.. 

                                       

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Redes soaciais, O perigo sutil da disseminação do Ódio







‎"Tenho tentado reavaliar meus valores contra o que considero mau.
Recentemente um jornal televisivo divulgou as imagens de um jovem espancando animais no Pet Shop de propriedade de sua família....
Com certeza, a intenção da divulgação é reprimir tal atitude, denunciar e fazer com que o criminoso e seus cúmplices paguem pelo erro.
Entretanto, os meios virtuais pegaram uma carona na notícia, na divulgação, e começaram uma campanha de denúncia, que começa a gerar rancor contra o criminoso.
As postagens das páginas de relacionamento virtual estão acentuando uma ATITUDE VIOLENTA por parte de quem despreza a violência contra animais.
O ÓDIO instalado no coração dos postantes não difere da atitude errante do criminoso, que deve pagar por seus crimes, sim, mas não deve contaminar quem pleiteia a PAZ e a HARMONIA.
A atitude de revolta é natural, mas deve ser observada em cada coração, ou não estaremos contribuindo para a mudança que tanto desejamos para o mundo.
Minha postagem é exatamente o que mais necessito aprender.... E a reavaliação dos meus valores devo a duas amadas pessoas, seres iluminados, que me mostraram, em outra situação, o perigo de estarmos utilizando um mal para eliminar o que é mau.
Que o amor ao próximo, que vivifica tudo em que acreditamos que seja divino, possa ser a nossa primeira disposição de agir, aplicando a lei, sem disseminar ódio e, consequentemente, atuações danosas a outrem". (Will Tom) 
https://www.facebook.com/will.tom.92


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Plac, plac, plac. Suas palavras refletem minha últimas reflexões, sobre a questão não só dos animais, mas da violencia em geral, descambando para uma onda sutil que vai de um perfil a outro, sem que as pessoas se dê conta da seriedade desses movimento. É virtual, mas real, e talvez muito mais real do que possamos imaginar, visto a velocidade com que se dissemina uma ideia, um desejo. Parabéns, e lhe peço a permissão de levar este texto para postar nohttp://standup-levante-seedigaoquevocepensa.blogspot.com/

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

27 de janeiro de 2013., O dia em que Morreu Santa Maria



Por Fabrício Carpinejar
Fonte: Jornal Zero Hora de 28/01/2013.


Morri em Santa Maria hoje. 
Quem não morreu? 
Morri na Rua dos Andradas, 1925. 
Numa ladeira encrespada de fumaça.
A fumaça nunca foi tão negra no Rio Grande do Sul. 
Nunca uma nuvem foi tão nefasta.
Nem as tempestades mais mórbidas e elétricas desejam sua companhia. 
Seguirá sozinha, avulsa, página arrancada de um mapa.
A fumaça corrompeu o céu para sempre. 
O azul é cinza, anoitecemos em 27 de janeiro de 2013.
As chamas se acalmaram às 5h30, mas a morte nunca mais será controlada.
Morri porque tenho uma filha adolescente que demora a voltar para casa.
Morri porque já entrei em uma boate pensando como sairia dali em caso de incêndio.
Morri porque prefiro ficar perto do palco para ouvir melhor a banda.
Morri porque já confundi a porta de banheiro com a de emergência.
Morri porque jamais o fogo pede desculpas quando passa.
Morri porque já fui de algum jeito todos que morreram.
Morri sufocado de excesso de morte; como acordar de novo?
O prédio não aterrissou da manhã, como um avião desgovernado na pista.
A saída era uma só e o medo vinha de todos os lados.
Os adolescentes não vão acordar na hora do almoço. 
Não vão se lembrar de nada. 
Ou entender como se distanciaram de repente do futuro.
Mais de duzentos e quarenta jovens sem o último beijo da mãe, do pai, dos irmãos.
Os telefones ainda tocam no peito das vítimas estendidas no Ginásio Municipal.
As famílias ainda procuram suas crianças. 
As crianças universitárias estão eternamente no silencioso.
Ninguém tem coragem de atender e avisar o que aconteceu.
As palavras perderam o sentido."

***
_Assim foi, assim tem sido, uma cidade, um estado, uma nação inteira,  enlutada, tentando entender como é possível, tamanho absurdo?



MÃES


PAIS
                                       




                                                         

                                  25% de uma cidade perdeu um filho! 
Todo tipo de  interrogação, explode de todos os  corações, sem encontrar respostas, Mas a cada pergunta, surge mais uma comprovação, de que um amontoado de irresponsabilidades, resultado da ambição, do egoismo, do desinteresse, de diversos órgãos responsáveis pela vida, pela segurança, pelo bem estar ,que displicentes, não cuidaram da segurança das nossas crianças.
Essas 'descobertas', são realizadas pelas autoridades responsáveis por apurar os fatos, achar culpados diretos ou indiretos, mas sinto muito  lhes informa que A SOCIEDADE INTEIRA É CULPADA!
A frase que mais tenho ouvido nestes dias é a mesma, e se repete a cada setor investigado: !DEVERIA TER SIDO ASSIM, E FOI CONTRÁRIO!"

Se deveria ter sido, PORQUE NÃO FOI?
Quantas vidas a mais teremos que perder, até que todos aprendam a agir com absoluta coerência com o que se espera de cada cidadão responsável?


Uma hora é uma que simplesmente cai de um  brinquedo, num parque de diversões; outra hora, um bebê, é atropelada na areia da praia, por um  jat ski pilotado por outra criança desorientada. crianças morrem afogadas em piscinas de espaços de lazer, outras caem de sacadas de prédios... E agora, jovens que se reúnem pra divertir, viram vítimas fatais desses mesmos erros que j[ase tornaram viciosos, cujos responsáveis, se espalha por toda a sociedade organizada, quando por um lado não cumpre as regras, e por outro lado, não cobram que as mesmas sejam cumpridas. , 
Essas pessoas deveria refletir na frase em latim "Hodie mihi, cras autem tu", pois podemos a qualquer momento estar sob o jugo das nossas próprias  ações.

A população brasileira, ainda não se deu conta, de que todas as vezes em que desprezamos um só regra, estamos contribuindo para que uma tragédia aconteça, mais cedo ou mais tarde.
Existe um desprezo pela vida, quando os cifrões falam mais alto, quando a ambição desmedida, pesa mais na balança que a vida do outro.
Ainda não aprendemos que a vida humana é o BEM MAIS CARO QUE PODEMOS TER!

Eu e minha família, choramos com cada pai, cada irmão, cada amigo,cada cônjuge  que tenta entender o que aconteceu com suas vidas na  fatídica madrugada de 27 de Janeiro de 2013!