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quinta-feira, 3 de março de 2016

Gratidão pelos meus leitores!














Origem desta imagem









Gratidão pelos  meus leitores
Logo que me deparei com a internet, me aventurei pelos inúmeros blogs existentes, me encantei com as possibilidades infinitas encontradas. Sempre gostei de escrever, e sempre escrevi. Ideias, experiências, relatos, sonhos, enfim.
Aprendi como lidar com as ferramentas e desejei transcrever  para cá o que já tinha escrito.
Isso me proporcionou  um novo prazer, e o que antes ficava guardado em gavetas e armários, posso hoje  trazer para cá, e também compartilhar artigos que penso ser interessantes e desejo compartilhar com outras pessoas.
Que coisa fantástica é a internet não é mesmo?
Porém mais fantástico ainda é abrir  o ‘’bloger/allposts’  é comprovar quantas pessoas me visitam através desse blog!
Por isso hoje quero agradecer a cada um de vocês, que por aqui passou, passa e passará!
Sua visita é meu estímulo diário e minha gratidão  e carinho os acompanhará eternamente!

  

Eu sou Eu mesma! Te incomoda?



Eu sou Eu mesma! Te incomoda?
O problema não está em mim, mas no seu  desconforto com minha personalidade.
Durante muitos anos de minha vida, especialmente nas fases da infância e depois adolescência, juventude e início da idade adulta fui retraída, contida, e portanto o que  se podia ver de mim, não era a expressão real de quem eu era.
O tempo todo em que eu me mantinha retraída, calada, eu ‘ruminava’ , refletia e tinha longos diálogos mentais. Costumava refletir sobre os assuntos que foram  debatidos formava minhas opiniões, porém algo me bloqueava a capacidade de me expressar. Sempre sabia exatamente o que dizer. Mas como superar meus bloqueios?
E o duro era que tudo aquilo  ficava armazenado e me sentia ‘entupida’, como um armário abarrotado de coisas que nunca eram usadas.
Certa feita, me aventurei a estudar teatro; e vi o quanto foi bom. Não tinha pretensão em trabalhar na área, mas foi uma  oportunidade  incrível de me expor, principalmente nos laboratórios, quando  apenas com uma ideia era forçada a exteriorizar-me, a buscar em mim material para realizar a tarefa proposta.
Depois disso, fiz curso de oratória, pois tinha sido escolhida por contingências específicas  para ser expositora de temas espíritas na casa onde frequentava. E esta foi uma das mais incríveis experiências da minha vida, e que definitivamente me curou! Rs!
Depois disso me tornei  outra pessoa!
Resolvi escrever sobre isso hoje, porque  há dias, fiquei impactada com uma fala de uma das minhas filhas que me podou por duas vezes enquanto conversávamos com a frase:_ “Mãe! Você fala muito! “ 
Aquilo ficou me incomodando por  algum tempo, até que dividi com uma amiga, e esta me disse: Sabe porque? Porque você sempre diz a verdade, e a verdade costuma incomodar quem ouve!
 Bem, pensei: Deve ser isto mesmo!
Mas ainda não havia resolvido a questão. Fiquei refletindo que talvez eu devesse  mudar , passando a ser mais contemplativa e menos falante! Mas não sou do tipo que abre a boca sem pensar no que vou dizer, e o que aquilo possa contribuir ou não, ofender ou não quem ouve! Não gosto de magoar pessoas, alias  tenho horror só de pensar que algo que eu faça ou diga possa ferir alguém de alguma forma! Por outro lado gosto de passar adiante o que aprendi, porque entendo que não se deve armazenar conhecimentos sem possibilitar que outros deles se beneficiem!
Numa outra situação ficou claro a falta de paciência que as pessoas (principalmente os jovens),  tem em escutar o outro! Isso me causa certo pesar, pois eu adorava ouvir os mais velhos e deles compreender um pouco mais da vida; tive aprendizados que nenhuma universidade é capaz de proporcionar! Ao que sou eternamente grata!
Em mais outra, entendi que existe uma ‘moda’ que leva uma pessoa a copiar a outra. A TV, é um veículo que estimula as pessoa a copiar  outro, criando uma sociedade de robôs humanos, imbecilizando-os!
De repente alguém diz uma frase, e esta se torna a fala de milhares de pessoas.
Quer um exemplo? Alguém disse: ‘’Olha ela!’’, em algum programa de tevê ; e você pode ouvir pessoas repetindo isso como se fora uma daquelas bonecas antigas que vinham com uma frase gravada, bastando apertar sua barriguinha pra ouvir.
Vejo isso, com alguma antipatia, e me recuso a sair repetindo outras pessoas feito papagaio!
Vejo pessoas sem autenticidade, e pior em coisas simples, bobas!
Há uma ausência de vontade em usar sua própria capacidade em refletir, em ser si mesmo, mas em contrapartida, uma espécie de êxtase ao repetir o outro, ao ponto de uma frase ou expressão boba, se popularizar como ‘’minerva’’!  Chamo-os de ‘teleguiados’ guiados sob surto hipnóticos pela tela da televisão. Sem personalidade ou com personalidade frágil, manipulável!
Falta imaginação?
O brasileiro é tão inventivo, tem uma veia humorística tão genial, original, porque  copiar ao invés de criar?
Posso ser falante, e incomodar; mas o tempo em que eu não conseguia abrir a boca e me expressar ficou no passado.
 Não tenho mais  nenhuma disposição de morrer engasgada com minhas ideias; e se, não posso verbalizar, posso escrever.
Se não gostas de ler o que escrevo, só posso lamentar por você.
 Jamais por não ter me expressado!

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

A Morte dos Rios e a falta d'agua potável

                                           


Nos últimos dias tenho visto com frequência reportagens sobre o rebaixamento dos níveis das reservas hídricas do país. Eu de um canto a outro os histórias se repetem, e a conclusão é a queda dos níveis de rios, lagos e reservatórios, alastrando a preocupação com possíveis desabastecimento de água potável em várias partes do Brasil.

                                                  

Me lembrei então de um artigo, escrito pelo saudoso conterrâneo Antonio Peron, que nos conta   algo sobre o Rio Jordão, localizado em Araguari, minha cidade natal, e coincidência ou não trata-se do mesmo rio onde fui batizada pelo pastor Arlindo da segunda Igreja Batista de Araguari por volta do ano de 1968,69, por aí. No final, concluímos que vivemos ciclos que se repetem alternando o grau da gravidade dos fatos, e que estes são na maioria das vezes resultados de nossas ações, e no caso da nossa relação inconsequente, para com a Natureza. Vamos ao Peron:
                                 

domingo, fevereiro 01, 2009


Caros Leitores.

Dia desses, um velho amigo, o Joaquim da Silva, amigo de infância, colega lá das décadas de 50 e 60, bancos escolares, Santa Terezinha, Regina Pacis, Escola de Comércio e até de Tiro de Guerra, chegou perto de nós e exclamou atônito: “PERON, O JORDÃO ESTÁ MORRENDO”!

Lógico e evidente que ficamos deveras assustadíssimos com a notícia vinda de sopetão e estarrecedora, pois nos lembramos imediatamente do outro amigo lá das épocas passadas, o “João Brasileiro Jordão”, que se tornou desde a infância, conhecido por todos como “JORDÃO”, o que combinava e combina bastante com seu porte físico.

Daí foi aquele negócio que vocês devem estar imaginando. O que foi, o que está acontencendo foi acidente, infarte, afinal diga logo, o que está acontecendo com nosso querido amigo “JORDÃO”?

Eis que vem então em seguida, a notícia que nos acalmou e tranqüilizou (parcialmente, a coisa também era muito séria e preocupante), pois o Joaquim, continuando sua narrativa, disse-nos: “O negócio não é com o nosso amigo JORDÃO não, muito pelo contrário, ele está com uma saúde invejável, passeando por todos os lugares desfrutando de sua aposentadoria.
Ponte sobre o Rio Jordão


QUEM ESTÁ MORRENDO, É O RIO JORDÃO, onde despejam as águas do FALECIDO CÓRREGO BREJO ALEGRE, que hoje já se encontra quase que totalmente sepultado, faltando apenas 4 túmulos para acobertá-lo definitivamente.
Continuando, o Joaquim ainda disse-nos que esses 4 trechos restantes, são as quatro quadras que faltam para completar o fechamento daquele que foi em tempos áureos, o belo e aconchegante “corguinho” que corta a cidade de um extremo a outro, nascendo lá na Av. Bahía e vindo fluir suas águas outrora límpidas e puras, hoje fétidas, nojentas e repugnantes (dado à podridão advinda com seu falecimento) dividindo a cidade justamente ao meio em toda sua extensão.


Infelizmente no decorrer destes anos, não foi construída uma “ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE SUAS ÁGUAS”, para depois, depois as mesmas desaguarem no “RIO JORDÃO”, este rio que o Joaquim, nosso amigo, veio nos dizer que está morrendo.


Triste ficamos e todos estão, é com o fato DELE ter morrido, e em conseqüência, estar MATANDO O RIO JORDÃO com suas águas lodosas, impregnadas de dejetos, lixos e mais lixos jogados indistintamente.

Nossa esperança é a construção da tão necessária ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTOS, livrando assim a nossa querida ARAGUARI, de despejar os DEJETOS de mais de 100 mil habitantes que possuímos, neste falecido Brejo Alegre que em conseqüência está MATANDO o RIO JORDÃO, que foi outrora local de lazer para a população araguarina."


Córrego Brejo Alegre chegando (da direita para esquerda) no Rio Jordão (de cima para baixo).

-Desnecessário se faz dizer da nossa tristeza, pois em um lampejo, voltamos lá em 1950, 51, 52 e até 60, ao lembrar-nos quando ainda crianças, percorríamos  diariamente o “BREJO ALEGRE”, da rua Quinca Mariano até na Marciano Santos, no percurso que fazíamos ao ir para as aulas do Santa Terezinha da nossa “Maria Abud” (é difícil uma pessoa da nossa geração que por lá não passou) e no trajeto, armávamos armadilhas para apanhar “lambaris” que no retorno recolhíamos fazendo com a “turma” belas fritadas dos mesmos. Coisas de “moleques” que éramos.
                                       

Caros Leitores podemos dizer que “ASSISTIMOS” no decorrer destes anos, a morte lenta e dolorosa do majestoso CÓRREGO BREJO ALEGRE, e todas as conseqüências causadas com a mesma à população ribeirinha e também a toda cidade.

O primeiro saneamento feito no Brejo Alegre foi executado por uma empresa de propriedade do Engenheiro Fratescki, de Uberaba.

A obra iniciou defronte a hoje CDL, Câmara de Dirigentes e Lojistas, por volta de 1955.

Ainda os quatro primeiros quarteirões lá permanecem à espera da cobertura final. É um desafio que vem atravessando os anos.
Em 1998 as águas das chuvas causaram transtornos durante as obras de fechamento do canal.Ao que parece, o Prefeito atual foi em busca de verbas para a realização dos serviços.













Posteriormente, em diferentes gestões de nossos prefeitos, vieram as obras fechando o canal.





Trecho da Av. Cel. Teodolino Pereira de Araújo, cruzamento com R. Marciano Santos com as obras de fechamento do Córrego Brejo Alegre concluídas.

Ficamos felizes com a informação encontrada no site da Superintendência de Água e Esgoto de Araguari, (http://www.saearaguari.com.br/desenv/aguaesgoto.php) onde consta que já foi obtida a Licença de Instalação junto ao COPAM (Conselho Estadual Política Ambiental), para o início das obras de uma Estação de Tratamento de Esgoto do Córrego Brejo Alegre. Esta se juntará as já existentes:

ETE – Distrito de Amanhece;
ETE – Distrito de Piracaíba;
ETE – Bairro São Sebastião;
ETE – Córrego dos Verdes.

Era o que tínhamos.
Que Deus nos abençoe.
Um abraço.

O “JORDÃO” está morrendo !

Minha foto
Antonio  F.Peron Erbeta 
FONTE>http://peron-erbetta.blogspot.com.br/2009/02/o-jordao-esta-morrendo.html

(In memóriam)

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Outra vez, Janeiro!

Janeiro é um mês muito especial para mim, não só por ser o inicio de um novo ano, mas também por me recordar pessoas muito especiais em minha vida, e que hoje são apenas recordações; Lembranças queridas!
A primeira delas é o aniversário de minha mãe, a segunda o aniversário de um grande amigo, ambos nascidos no mesmo dia, 20 de janeiro, e ambos já não pertence mais ao mundo dos chamados vivos.



Minha mãe foi uma belíssima mulher, descendente de indígenas do estado de Goiás, filha do garimpeiro José Manoel  Pereira da Silva, vulgo "Mané Campina", falecido a uns 60 anos, pouco antes do meu nascimento.
Cresceu entre um garimpo e outro, e muito cedo foi deixada em casas para trabalhar como domestica. Ainda muito moça casou-se com meu pai, então viúvo recente com uma filha pequena, a qual criou como sua filha. 
Eu vim logo em seguida, porém antes de mim ela havia perdido seu primogênito, por hemorragia umbilical. 
A assistência a saúde naquela época era muito precária, e o parto foi em casa, por uma parteira dona Madalena, que sabe lá Deus porque, não acertara a mão na hora de laquear o cordão que ficou vazando pela noite adentro, e quando pela manhã, foram olhar o bebê no berço ele estava morto.
Nestas circunstâncias eu fui a primeira que vingou; talvez por isso tiveram tanto carinho e cuidados comigo.
Minha mãe era uma dessas pessoas especiais, iluminada, pacificadora e extremamente sábia,  amorosa. 
Com ela, qualquer problema era motivo para  raros aprendizados e sua "veia histriônica" tinha o dom de terminar qualquer conversa em gostosas risadas.
gordinha, era dessas que quando ri, todo o corpo sacode, ela ria com o corpo todo, fazendo a coisa ficar mais risível ainda! 
Meu Deus como eu amava conviver com aquela mulher!  
Ouvir suas histórias, e que histórias! 
Imagine uma criança  que de tão pequena tinha de subir num tamborete para alcançar a panela no fogão a lenha para cozinhar! 
Razão porque tinha marcas profundas na barriga por queimaduras no fogão, marcas nos braços por queimaduras no ferro de passar em brasas, sobreviveu a um incêndio do rancho de pau-a-pique onde moravam e a perda do irmãozinho "Zezinho" no mesmo incêndio! 
De como ela gostava desse irmão, e do pesar que sentia sempre por esta perda! 
Das saudaaades que sentia de sua mãe, falecida muito cedo; da separação dos irmãos, por que viúvo o pai os separou por questão de sobrevivência, indo ficando cada um numa fazenda, por onde o pai passava em busca do novos garimpos e novas esperanças! 
Das brincadeiras que eles faziam no pouco tempo em que estiveram juntos. 
Da tristeza que vira nos olhos do pai talvez, e certamente por tudo isso. 
Da sua mocidade, que apesar das privações, encontrava belezas e motivos de alegrias, as quais relatava a nós, e nos enchiam de prazer!
De como encontrou meu pai e terminaram casados.
Da esperança de reencontrar seu único irmão vivo Constantino, das histórias das duas irmãs, Filó e Idelfonsa.
Papai sempre foi um metalúrgico e trabalhou a vida toda na Rede Ferroviária Federal na divisão da Estrada de Ferro Goiáz em Araguari, no Triângulo Mineiro. 
Tantas histórias que preencheu a minha infância de doçura inesquecível! 
Minha mãe Sebastiana! 
Minha eterna rainha!
Minha Índia!  
Minha saudade!
Minha eternamente Mamãe!


Anos depois, já adulta, fui encontrar de forma muito especial, aquele que seria o meu primeiro amor.
 Amor, não paixonite de adolescente!
Aquele que contra todos os senões me ensinou a ser mulher!
Me ensinou a amar como tal!
Despertou em meu ser, tudo aquilo de que necessitaria para enfrentar a vida, e que não fazia parte do pacote filha, mas mulher!
Quanto aprendi com ele, e com que paciência e doçura me ensinava!
Aquele a quem após tanta água rolada por sobre as pontes da vida, ainda trago no coração, com indescritível carinho, respeito e amor fraterno, cujo  em nosso vocabulário não encontrei definição que se encaixe com exatidão. 
Aquele que após todos os infortúnios da vida, resultado de suas escolhas, retornou a nós para a despedida final nesta vida!
Nascido no mesmo ano que eu, apenas 45 dias antes, numa cidadezinha definida por ele de "cú do mundo" Iperó, escondida depois de Porto Feliz e Itú, filho de uma mulher também maravilhosa e muito especial a saudosa Glorinha, foi terminar sua criação na mágica Itararé, cidadezinha da fronteira de São Paulo com o Paraná. 
Lugar singelo, porém de rara beleza, para quem sabe observar as coisas simples da natureza.
Dessa relação nasceu nossa filha, muito amada, especialíssima criança; nosso"'Tambor", como ele a chamava. rs!
 Não me lembro a razão do apelido!
Mas púnhamos apelidos em todo mundo, mesmo que a pessoa jamais soubesse, entre nós cada um ganhava o seu, carinhos ou jocosos, apenas para nossa  diversão. 
Nossa curta convivência foi temperada de muita cumplicidade, e de uma alegria marota, somente entendida por nós, e as vezes criticada por todos. 
Foi mágico! 
Tão mágico que chegamos a privar de amizades como Paulo Lemiski, o "Poeta Maluco", como nós o chamávamos carinhosamente, ou o Ivãn "O desligado", e tantas outras personagens que passaram por nossa vida, algumas como ervas daninhas como Ana Rosa ou a Gera, uma doida que se infiltrou entre nós, mas que apesar de todo seu esforço, não conseguiu matar o sentimento que houvera nos unido, coitada!
As vezes tenho curiosidade  por saber o que foi feito dela!
Mais que irmão, mais que amigo, muito além do amor homem/mulher!
É um sentimento que sublimou todos os demais e persistiu pela vida aforam e ainda após a sua morte física!
 Estes dois seres, cujas lembranças iluminaram meus dias recebem minhas homenagens em cada JANEIRO!
Sou muito grata por vocês Sebastiana e Mário Gêrmano terem feito parte da minha vida!

Onde quer que vocês estejam recebam todo meu carinho!