A cidade está tão bonita!
Dá gosto curtir as suas paisagens!
Muitos tapetes verdes bem aparados ou ainda esperando pelo trato dos jardineiros, mas nem por isto menos belos com seu verde viçoso!
As árvores de várias espécies emprestam sua beleza colorindo, perfumando e encantando os olhos dos que tenham tempo para reparar.
"Dias atrás foram os ipês, especialmente os rosa ou lilázes, que enfeitaram as copas e os pes das árvores, e a iss cabe parte de uma crônica de Rubens Alves que bem retrata o que vejo: " As coisas andavam ao ritmo da própria vida, nos seus giros naturais. Mas agora, de repente, esta árvore de outros espaços irrompe no meio do asfalto, interrompe o tempo urbano de semáforos, buzinas e ultrapassagens, e eu tenho de parar ante esta aparição do outro mundo. Como aconteceu com Moisés, que pastoreava os rebanhos do sogro, e viu um arbusto pegando fogo, sem se consumir. Ao se aproximar para ver melhor, ouviu uma voz que dizia: “Tira as sandálias dos teus pés, pois a terra em que pisas é santa”. Acho que não foi sarça ardente. Deve ter sido um ipê florido. De fato, algo arde, sem queimar, não na árvore, mas na alma. E concluo que o escritor sagrado estava certo. Também eu acho sacrilégio chegar perto e pisar as milhares de flores caídas, tão lindas, agonizantes, tendo já cumprido sua vocação de amor.
Mas sei que o espaço urbano pensa diferente. O que é milagre para alguns é canseira para a vassoura de outros. Melhor o cimento limpo que a copa colorida. Lembro-me de um pé de ipê, indefeso, com sua casca cortada a toda volta. Meses depois, estava morto, seco. Mas não importa. O ritual de amor no inverno espalhará sementes pela terra e a vida triunfará sobre a morte, o verde arrebentará o asfalto. A despeito de toda a nossa loucura, os ipês continuam fiéis à sua vocação de beleza, e nos esperarão tranqüilos. Ainda haverá de vir um tempo em que os homens e a natureza conviverão em harmonia.
Agora são os ipês rosa. Depois virão os amarelos. Por fim, os brancos.
Cada um dizendo uma coisa diferente. Três partes de uma brincadeira musical, que certamente teria sido composta por Vivaldi ou Mozart, se tivessem vivido aqui.
Primeiro movimento, “Ipê Rosa”, andante tranqüilo, como o coral de Bach que descreve as ovelhas pastando. Ouve-se o som rural do órgão.
Segundo movimento, “Ipê Amarelo”, rondo vivace, em que os metais, cores parecidas com as do ipê, fazem soar a exuberância da vida.
Terceiro movimento, “Ipê Branco”, moderato, em que os violoncelos falam de paz e esperança. Penso que os ipês são uma metáfora do que poderíamos ser. Seria bom se pudéssemos nos abrir para o amor no inverno...
Corra o risco de ser considerado louco: vá visitar os ipês. E diga-lhes que eles tornam o seu mundo mais belo. Eles nem o ouvirão e não responderão. Estão muito ocupados com o tempo de amar, que é tão curto. Quem sabe acontecerá com você o que aconteceu com Moisés, e sentirá que ali resplandece a glória divina... (Tempus Fugit, pág. 12)."
Dá gosto curtir as suas paisagens!
Muitos tapetes verdes bem aparados ou ainda esperando pelo trato dos jardineiros, mas nem por isto menos belos com seu verde viçoso!
As árvores de várias espécies emprestam sua beleza colorindo, perfumando e encantando os olhos dos que tenham tempo para reparar.
"Dias atrás foram os ipês, especialmente os rosa ou lilázes, que enfeitaram as copas e os pes das árvores, e a iss cabe parte de uma crônica de Rubens Alves que bem retrata o que vejo: " As coisas andavam ao ritmo da própria vida, nos seus giros naturais. Mas agora, de repente, esta árvore de outros espaços irrompe no meio do asfalto, interrompe o tempo urbano de semáforos, buzinas e ultrapassagens, e eu tenho de parar ante esta aparição do outro mundo. Como aconteceu com Moisés, que pastoreava os rebanhos do sogro, e viu um arbusto pegando fogo, sem se consumir. Ao se aproximar para ver melhor, ouviu uma voz que dizia: “Tira as sandálias dos teus pés, pois a terra em que pisas é santa”. Acho que não foi sarça ardente. Deve ter sido um ipê florido. De fato, algo arde, sem queimar, não na árvore, mas na alma. E concluo que o escritor sagrado estava certo. Também eu acho sacrilégio chegar perto e pisar as milhares de flores caídas, tão lindas, agonizantes, tendo já cumprido sua vocação de amor.
Mas sei que o espaço urbano pensa diferente. O que é milagre para alguns é canseira para a vassoura de outros. Melhor o cimento limpo que a copa colorida. Lembro-me de um pé de ipê, indefeso, com sua casca cortada a toda volta. Meses depois, estava morto, seco. Mas não importa. O ritual de amor no inverno espalhará sementes pela terra e a vida triunfará sobre a morte, o verde arrebentará o asfalto. A despeito de toda a nossa loucura, os ipês continuam fiéis à sua vocação de beleza, e nos esperarão tranqüilos. Ainda haverá de vir um tempo em que os homens e a natureza conviverão em harmonia.
Agora são os ipês rosa. Depois virão os amarelos. Por fim, os brancos.
Cada um dizendo uma coisa diferente. Três partes de uma brincadeira musical, que certamente teria sido composta por Vivaldi ou Mozart, se tivessem vivido aqui.
Primeiro movimento, “Ipê Rosa”, andante tranqüilo, como o coral de Bach que descreve as ovelhas pastando. Ouve-se o som rural do órgão.
Segundo movimento, “Ipê Amarelo”, rondo vivace, em que os metais, cores parecidas com as do ipê, fazem soar a exuberância da vida.
Terceiro movimento, “Ipê Branco”, moderato, em que os violoncelos falam de paz e esperança. Penso que os ipês são uma metáfora do que poderíamos ser. Seria bom se pudéssemos nos abrir para o amor no inverno...
Corra o risco de ser considerado louco: vá visitar os ipês. E diga-lhes que eles tornam o seu mundo mais belo. Eles nem o ouvirão e não responderão. Estão muito ocupados com o tempo de amar, que é tão curto. Quem sabe acontecerá com você o que aconteceu com Moisés, e sentirá que ali resplandece a glória divina... (Tempus Fugit, pág. 12)."
Ipê Palavra de origem tupi significando arvore cascuda, e o nome popular designa um grupo de uma dezena espécies de árvores cujas caracteristicas são semelhantes variando as cores das flores, entre amarelas, brancas,roxas ou lilázes e rosas. É de origem tropical, aparecendo também no serrado e na caatinga.
De beleza exuberante, e madeira de respeitável durabilidade e resistenência, foram muito usados na construção de telhados de igrejas nos séculos XVII e XVIII; este detalhe garantiu a preservação desses telhados até os nossos dias. Hoje é muito usada na construção civil.
Nas regiões nortedeste, leste e Norte do Brasil, os ipês são conhecidos como pau-d'arco por terem sido usadas pelos indígenas para fazerem arco e flechas; já no Mato Grosso, no Pantanal, é chamada de Peúva também designação indígena,desta vez dos tupis cujo significado vem a ser , árvore da casca, e finalmente em algumas regiões de Goiás e Minas Gerais tem o nome de Ipeúna que significa preto.
Além disso,os ipês também tem poderes medicinais, ainda semcomprovação científica,mas largamente conhecidos no interios. por exemplo a sua entre casca do caule é usada para o tratamento de gripes, resfriados e inflamações.
vejam a variedade do colorido desta maravilhosa flor:
Um comentário:
Muito lindos!!Passando para conhecer e seguir as amigas do Blogueiras Unidas onde também estou!!Bjsss...Por favor amigas(os) caso estejam usando verificação de palavras sugiro que retirem pois nos faz perder MT tempo,e agora ainda está pior que são duas e com letras desenhadas....É um meio de afastar quem comenta fazer uso desta ferramenta!!!Se já tiver tirado,PARABÉNS!!!!Desculpa a invasão. Isto não é uma crítica,ok?Apenas um conselho!!
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