SEGUNDA BLOGAGEM COLETIVA -
"TRABALHANDO O DESAPEGO"
Essa ideia veio mesmo a calhar.
Primeiro que para iniciarmos nosso mês de Março, como o Marco de
partida, para um ano novo e especial, precisamos abri espaço.
No meu caso, como puderam ver, estou reorganizando meu espaço de trabalho.
No meu caso, como puderam ver, estou reorganizando meu espaço de trabalho.
Recebi um convite, para trabalhar artesanalmente, com um determinado produto em gesso, direcionado à copa do Mundo em 2014. Será um grande trabalho, e preciso de espaço, e tudo muito bem organizado, cada coisa no seu devido lugar, facilidade de mobilidade, espaço, para guardar matéria prima, e o produto pronto, até a hora da entrega.
E claro que eu como muitas de nós, passamos anos a fio guardando
coisas, na expectativa de que uma hora venhamos aproveitá-los.
Meu irmão Eli, me disse certa vez: tudo o que você guardou por cerca
de 6 meses e não usou, provavelmente
nunca mais o fará. Então disponha, passe a diante, ou jogue fora, se for o caso.
E eu tenho coisas guardadas a mais de 6 anos.
Sou uma acumuladora compulsiva, e assim vou aumentando o espaço ocupado,
com objetos que nunca usei.
Vocês não fazem ideia da quantidade de
coisas que tenho guardadas.
Mas vou fazer uma bela faxina, nisso tudo, e separar o que possa ser útil,
oferecer para as oficinas da comunidade, e vou fazer isso nesse final de semana.
Já posso até ver o quanto isso vai facilitar, minha vida , porque é um
tal de me lembrar desse ou daquele trabalho começado, e não ter ideia de
onde encontrá-lo, sem ter que remexer em
pilhas de caixas.
E sem falar que eu detesto ter que procurar algo, sem ter noção, de onde encontrar. Por isso, muitas vezes vou adiando uma tarefa ou outra.
E sem falar que eu detesto ter que procurar algo, sem ter noção, de onde encontrar. Por isso, muitas vezes vou adiando uma tarefa ou outra.
Desapegar é verdadeira uma terapia, porque muitas vezes mexe com o
nosso emocional. Ter que remexer em coisas guardadas, sempre implica em reviver momentos,
que guardamos no baú da memória, e o materializamos nos objetos, muitas vezes sem nenhum ou quase
nenhum valor.
Daí que desfazer-nos deles, parece algo meio monstruoso. Já aconteceu de num exercício desses, eu fazer dois montes, um para descarte, e outro para conservar, e de repente eu já tinham três montes, porque surgiu o monte dos indecisos, (rs) e no final retornar tudo e guardar . rs!
Esse ano já consegui me desfazer de peças de roupas, com mais de 29 anos no meu armário. Pode imaginar uma coisa dessas¿ Pois é, roupas mais antigas que meus dois filhos mais novos.
Daí que desfazer-nos deles, parece algo meio monstruoso. Já aconteceu de num exercício desses, eu fazer dois montes, um para descarte, e outro para conservar, e de repente eu já tinham três montes, porque surgiu o monte dos indecisos, (rs) e no final retornar tudo e guardar . rs!
Esse ano já consegui me desfazer de peças de roupas, com mais de 29 anos no meu armário. Pode imaginar uma coisa dessas¿ Pois é, roupas mais antigas que meus dois filhos mais novos.
As vezes abro meu armário, e não
consigo decidir por um conjunto, que esteja de acordo com a atualidade.Porém
cheio de coisas velhas, não há espaço
para as coisas novas,.
Mas no início desse ano, consegui me desfazer de 80%
delas, devo dizer que sou conservadora, no modo de me vestir, e não me ajeito
muito bem com o que o mercado nos apresenta hoje. Mas não tem jeito né, a ordem
é desapegar, conseguir ultrapassar essa ponte, e foi assim, que, do quarto, passei para a
cozinha, dei um limpa nos armários, e sobrevivi. Rs!
Se valeu a pena, as boas lembranças, guardarei na memória, mas tem certas coisas das quais
nunca vou me desfazer. São por exemplo, objetos que pertenceram a minha mãe, os
quais são muito importantes para mim.
Mas é muito importante saber escolher o que faz do que não faz
mais parte da nossa vida nesse momento; afinal, tudo muda, nós mudamos e nossas
necessidades também, evidentemente.
Enfim, esse processo é vital em nossas vidas. Devemos abrir espaços em ‘nossas
gavetas’, para que o novo possa entrar e fazer parte da felicidade que queremos
viver de hoje em diante.
O futuro nos reserva muitas coisas boas, e devemos abrir espaço para toda a felicidade que queremos, quem vive do passado é Museu.
O futuro nos reserva muitas coisas boas, e devemos abrir espaço para toda a felicidade que queremos, quem vive do passado é Museu.
“A sabedoria do
Desapego
O Hindu chegou aos arredores de certa aldeia e aí sentou-se
para dormir debaixo de uma árvore. Chega correndo, então, um habitante daquela
aldeia e diz, quase sem fôlego:
- Aquela pedra! Eu quero aquela pedra.
- Mas que pedra? – pergunta-lhe o Hindu.
- Ontem à noite, eu vi meu Senhor Shiva e, num sonho, ele
disse que eu viesse aos arredores da cidade, ao pôr-do-sol; aí devia estar o
Hindu que me daria uma pedra muito grande e preciosa que me faria rico para sempre.
Então, o Hindu mexeu na sua trouxa e tirou a pedra e foi
dizendo:
- Provavelmente é desta que ele lhe falou; encontrei-a numa
trilha da floresta, alguns dias atrás; podes levá-la!
E assim falando, ofereceu-lhe a pedra.
O homem olhou maravilhado para a pedra. Era um diamante e,
talvez, o maior jamais visto no mundo. Pegou, pois, o diamante e foi-se embora.
Mas, quando veio a noite, ele virava de um lado para o outro em sua cama sem
conseguir dormir. Então, rompendo o dia, foi ver novamente o Hindu e o
despertou dizendo:
- Eu quero que me
dê essa riqueza que lhe tornou possível desfazer-se de um diamante tão grande
assim tão facilmente!”
(Tradição Sufi)
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O próprio Universo é regido pela lei da mutação constante, como princípio da evolução; e a finalidade da evolução não é criar e acumular, porque a vida aqui, representa um lapso fugaz diante da eternidade; e os bens materiais são oportunidade para a alegria e sabedoria que estão, em sermos instrumentos de crescimento, orientação e inspiração para os demais.
Meu carinho a você, que agora aprecia estas linhas
Deus nos abençoe, a todos..
