domingo, 4 de dezembro de 2011

Dr. Sócrates, Uma estrela não morre, Sobe!


Sócrates Brasileiro Sampaio de Suza Vieira de Oliveira, Dr. Sócrates, Magrão ou simplesmente Sócrates nasceu em Belém, no dia 19 de fevereiro de 1954, e morou no Pará até os seis anos de idade, quando seu pai, Raimundo, que era funcionário público, foi transferido para Ribeirão Preto, em 1960.

Aqui, com 15 anos e porte físico diferenciado em relação aos meninos da sua idade, começou a se destacar nos juvenis do Botafogo. Ao mesmo tempo em que jogava, Sócrates já convivia com a responsabilidade de estudar, que era uma exigência do pai disciplinador. Pouco tempo depois ele se tornaria estudante de medicina, na USP. Suas participações no time profissional eram esporádicas, assim como os treinamentos. Mas em 1974 se firmou no Tricolor de Ribeirão e foi artilheiro do Estadual de 1976, com 15 gols.(...)



Tudo o mais sobre sua vertiginosa carreira desportiva é de conheicimento de todos os brasileiros e estrangeiros, principalmente dos amantes do futebol.
 
Porém  eu tive a felicidade de conviver com o Dr.Sócrates no tempo de universitário, exatamente no período em que fazia residencia médica em GO, na maternidade da  Santa Casa de Ribeirão Preto, no inicio da década de 70, nesta época era um jovem de 24 anos, e tinha a função conhecida no ambiente hospitalar como R1, o que significava responsabilidade pela equipe de  residentes escalados para aquele serviço.

As lembranças que guardo deste período, são as de um jovem muito alto, muito magro, com um par de pés incrivelmente grandes, e de um rosto  marcado pelas espinhas mas iluminado por um permanete sorriso, mesmo guando estava cansado ou agastado pelo stresse natural de estudantes nesta fase do curso.

A peculiaridade destas lembranças, estão definidas pelo carinho e respeito com que tratava sempre as pacientes e as então colegas de trabalho, e da dificuldade que sempre tínhamos em acordá-lo, quando chegava para os plantões após ter jogado futebol, e das brincadeiras que faziamos com o xulé em seus tenis.
Naquela época eu via mos isto apenas como um robe, e ele mesmo assim definia suas atividades futebolistica.
Nossa equipe de enfermagem na ala da Maternidade, era formada pela enfermeir Maria de Lurdes Rodrigues, eu, a Zélia,sob a coordenação irmã Ana Maria, que sempre implicava com a exaustão física do dr. Residente, e cheguei a vê-la aconselhá-lo a se decidir de vez entre a bola e o estetoscópio, pois segundo ela os dois eram totalmente incompatíveis.
Me lembro que rimos da careta  que fez o doutor Sócrates, quando a irmã saiu ‘maquitolando’ pelo corredor a fora. No ano de 1974  o doutor Sócrates ganhou  notoriedade mas manchetes e rezenhas esportivas e acabou se firmando no Tricolor de Ribeirão e foi artilheiro do Estadual de 1976, com 15 gols.
O resto todos sabem.

Registro essas poucas memórias no dia de hoje, como uma forma de homenagear a esse ícone do futebol brasileiro, querido, amado, respeitado de todos, que nos deixou nesta data aos  57 anos(04/12/2011).
Uma multidão acompanhou o sepultamento do corpo do Dr. Sócrates
no Cemitério Bom Pastor. 
Logo pela manhã, recebemos a noticia do seu falecimento, e passei o dia a recordar da época em que o conheci.
Isto  que me levou mais uma vez a refletir como nós lidamos com a morte física, de forma tão primitiva e sofridaa . 

Todos nós  nascemos, crescemos, vivemos , sabendo que um dia deixaremos esta vida. ;Uma pessoa, como o Dr. Sócrates, teve uma vida intensa e produtiva, deixando um rico legado nos exemplos que foram e serão seguidos por muitos, e que não será esquecido por nenhum de nós. Colocou hoje um ponto final nesya existencia, deixou-nos para retornar a sua origem.Não deveríamos lamentar quem cumpriu com zelo a sua missão na Terra! Deveríamos mesmo aplaudir felizes  pela "Agenda Primorosamente cumprida"

 
Claro que fica a saudade, (danado de  sentimento dificil de lidar, )mas que o tempo se encarrega de dar-lhe a medida correta possibilitando aos que ficam condições de continuar na sua caminhada.
Evidente que aos familiares , a dor da separação, o vazio da ausencia é algo fora da  nossa alçada de entendimento, visto que cada pessoa tem um grau individual para lidar com a dor, e eu não seria leviana ao ponto de não levar isto em conta. O que falo, é direcionado aos amigos próximos ou  distantes, aos fãs e conhecidos.
 O que quero dizer pode ser resumido assim: Uma estrela não morre porque o seu corpo foi sepultado.


Uma Estrela do quilate do Dr. Sócrates apenas deixa de ser vista pelos nossos olhos mortais.
Uma Estrela Sobe ! Sobe, e ficará eternizada  para sempre na memória de todo aquele que aprendeu a admirá-la, a amá-la!
 


Dr. Sócrates, que toda essa comoção que sua partida proporcionou ao povo brasileiro, e que lhe acompanhou na sua fase de enfermidade, torcendo pra que voce  a vencesse como mais uma partida de futebol que sabias tão bem diblar, possa se transofrmar agora em energia pura auxiliando-o no mais sublime renascimento na nossa Pátria de Origem, fazendo com que no mais breve espaço de tempo, possas  erguer o punho como fazias ao balanças as redes em sinal de vitória, pois que a falencia do organismo que carregamos nesta vida, nada mais é que uma maravilhosa máquina utilizada pelo nosso  Espírito Eterno!

Que as Bençãos do Divino Mestre Jesus o acolha nesta nova jornada!
Nossa eterna gratidão pelos bons momentos, pelas lições de vida , pelos exemplos que nos deixastes! 
Sua existencia não foi em vão!



Paz dr. Sócrates!


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