terça-feira, 5 de março de 2013

Dia Nacional da Música Clássica

                                           




Em janeiro de 2009, o Presidente da República assinou o Decreto que instituiu a celebração, em 5 de março, do Dia Nacional da Música Clássica. O dia foi escolhido na comemoração d o aniversário  de Heitor Villa-Lobos (1887-1959)

Filho de um funcionário da Biblioteca Nacional e violoncelista amador, Heitor Villa-Lobos aprendeu cedo os primeiros acordes. Aos seis anos ouvia a tia Zizinha tocar o Cravo Bem Temperado, enquanto nas ruas do Rio de Janeiro, grupos de músicos amadores tocavam nas noites de festa. A vida musical na infância oscilava, assim, entre Bach e as serenatas dos chorões. Quando perdeu o pai, aos 12 anos, decidiu aprender por conta própria violão e cavaquinho.
                                 
Aos 18, contrariando a vontade da mãe de fazer dele um médico, juntou-se aos chorões. Como músico ambulante viajou ao Espírito Santo, Bahia e Pernambuco. De volta ao Rio, inscreveu-se no Instituto Nacional de Música do Rio de Janeiro, mas sentia “mais prazer em absorver o folclore que passava sob as suas janelas do que ouvir o arrazoar dos explicadores”.
Museu Villa Lobos



                                           
                                       

Heitor Villa-Lobos (1887-1959) aprendeu a tocar sozinho quando criança e se tornou um gênio da música
Depois de uma nova viagem, ao norte e ao nordeste, onde recolheu mais de mil temas que utilizaria na sua obra, completou a sua formação autodidata dedicando-se ao estudo dos grandes mestres e dos tratados de harmonia e orquestração. Casou-se com a pianista Lucília Guimarães, tocou violoncelo nas orquestras dos teatros e dos cinemas cariocas e compôs suítes sobre temas infantis brasileiros.
                                             

O ano de 1915 marcou o início da apresentação oficial no Rio de Janeiro, de Villa-Lobos como compositor. Sua música provocou ira nas forças passadistas. Em 1922, enfrentou com suas Danças Africanas a indignada platéia da Semana de Arte Moderna e compôs duas sinfonias encomendadas pelo Governo. No ano seguinte, Villa-Lobos embarcou para a França, não para estudar ou se aperfeiçoar, mas para conquistar, levando na bagagem a imensa obra já composta.

                                              
                        
Cinco anos depois, voltou à Europa com a batuta na mão, para reger as principais orquestras do continente e apresentar ao mundo os Choros, as Serestas, a Missa de São Sebastião. 
                                                

Villa-Lobos preocupava-se com o descaso com que a música era tratada nas escolas brasileiras e acabou por apresentar o revolucionário Plano de Educação Musical ao Governo de São Paulo.


                                                 
Após dois anos de trabalho, o compositor das Bachianas Brasileiras, foi convidado por Anísio Teixeira a organizar e dirigir a Superintendência de Educação Musical e Artística, que introduzia o ensino da Música e o Canto Coral nas escolas.


                                                     
Com o apoio do então presidente Getúlio Vargas, organizou concentrações orfeônicas grandiosas que chegaram a reunir, sob sua regência, até 40 mil escolares. Apresentou-se pela primeira vez nos Estados Unidos em 1944. 

                                     

Nos anos seguintes, já casado com D. Mindinha, realizou inúmeras turnês, onde regeu e gravou suas obras, recebeu homenagens e encomendas de novas partituras, além de ter travado contato com grandes nomes da música americana, fechando, assim, o ciclo de sua consagração internacional.
Fonte:
Livro 100 Brasileiros (2004)



                                                     

Nenhum comentário: