sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Magoa e perdão parte !




Mágoas e Perdão

Pr. David J. Merkh

Longe de vós toda a amargura, e cólera, e ira, e gritaria...Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, PERDOANDO-VOS UNS AOS OUTROS, COMO TAMBÉM DEUS EM CRISTO VOS PERDOOU (Ef 4.31,32)

De todas as tempestades que assolam a família atualmente, talvez nenhuma seja responsável por mais destruição que as mágoas.  As mágoas representam ira não-resolvida.  Quase sempre envolvem as pessoas mais próximas de nós.  Enquanto nos indignamos quando ouvimos de tragédias acontecendo a pessoas em outras partes do planeta (terrorismo, genocida, etc.) normalmente não guardamos mágoas contra os vilões.  A pessoa magoada experimenta ira contínua, fervendo um pouco abaixo da superfície da sua vida, uma ferida aberta e podre que tempo nunca cura.  Talvez ela fique adormecida por um tempo, mas até que seja drenada do seu veneno fatal pelo poder curador da cruz de Cristo, mata a pessoa física e espiritualmente aos poucos.  As mágoas corrompem as fontes da vida.   

O primeiro passo para libertação das mágoas é identificar nossa ira.  Mas para alguns, não é muito “espiritual” admitir a ira.  Por isso, usamos outros termos para descrever o que a Bíblia identifica, sim, como “ira”: “frustração”, “tristeza”, “decepção”, etc.  (Ef 4.26,27,31).








Deus nos chama para uma vida de perdão, o mesmo tipo de perdão que Cristo nos ofereceu pela Sua morte na cruz. Somente Cristo Jesus,vivo em nós, será capaz de transformar mágoas em perdão.

Conselheiros bíblicos apontam para o fato de que a raiz de ira crônica (mágoa) muitas vezes é uma questão de nós não recebermos o que desejamos desesperadamente de outra pessoa ou situação.  Esse desejo pode ser tão intenso que se torna um ídolo em nosso coração, um objeto de adoração, mais importante que Deus em nossa vida.  Quando nosso desejo é bloqueado por alguém, respondemos com ira, guardamos mágoas, procuramos vingança, fofocamos ou odiamos essa pessoa que nos privou daquilo que achamos tão importante.

Se você se encontra irado por muito tempo contra alguém, especialmente alguém da sua família de origem ou família atual, reflita sobre essa questão: “O que eu desejava tanto, que fulano não me deu?”  Por exemplo, alguém que foi rejeitado pelos pais ou um cônjuge pode responder, “Eu queria ser aceito.” Outra pessoa poderia responder, “Eu queria um pai presente, que brincasse comigo e se interessasse por mim.” Outra pessoa, “Eu queria que meu marido me tratasse como uma pessoa e não objeto”.

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